09 julho, 2011

Mar de solidão




Quando vai chegar a minha vez?
quando finalmente me escutarão
depois de tantos gritos no vazio,
Ninguem me vê
Ninguém me ouve
estou sempre só
estou sempre correndo
e não há entendimento
e não há compreenssão
e não há ninguém
pra me enchergar ao menos uma vez
estou aqui, sim estou aqui
por favor
não me apaguem
não me sufoquem
não me escravisem
estou morta
Minha alma foi assassinada
nessa mar de ilusões
nessa falsas promessas
nesses sonhos modernos de amor
vazio amor
Estou só
Me socorra
Me escute
Eu so queria minha vez
em que eu fosse estrela
em que eu fosse o centro
nessa sua ilha de emoçoes
nessa sua terra de mentiras
estou só
alma vazia
copo vazio
coração vazio
e ninguém nunca me ouve
e nunca tenho minha vez
minhas promessas foram vazias
e por ti vendi minha alma
por um preço tão barato
que não deu pra comprar
nem um amor de segunda mão
e termino sempre assim
em um fim de noite qualquer
com papel e caneta
uma realidade seca descendo a garganta
uma voz muda nesse seu universo surdo
um desespero de atençao nessa sua cidade cega
uma migalha de amor desse seu coração vazio
e depois de tantos gritos
e depois de tanto esperar
ninguem me notar
e morro aqui
nessa montanha de palavras
nesse vazio
onde apenas eu
estreio o papel principal
de rainha da solidão
e só aqui
por alguns instantes
posso ser notada
mesmo que por um pedaço velho de papel
e por minhas mãos cansadas
eu morro aqui
nesse mar de ilusões
nessas falsas promessas
nesse amor ultrapassado
morro aqui
sem alma
sem coração
sem ser notada
com uma bonita lápide
e uma grande oração
e onde esu estiver
e com quem eu estiver
estarei sempre sozinha
estarei sempre vazia
sem eu
sem você
sem nós
gritos no vazio
silêncio
Mentiras
solidão

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